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9 de out. de 2009

Da série conhecendo as ferramentas de Comunicação Integrada - Assessoria de Imprensa


A atividade de Assessoria de Imprensa tem crescido em números e em importância nesta última década. Esse crescimento de assessorias e de assessores vem provocado algumas mudanças nas atividades de jornalistas e de veículos.
Atualmente, os jornalistas recebem centenas de e-mails todos os dias como sugestões de pauta em todas as editorias dos veículos. Essa profusão de informação passiva facilitou (ou não) o trabalho dos chamados “pauteiros”. Figura importantíssima das redações, o “pauteiro” é responsável por descobrir o que está acontecendo e ver se isso é ou não passível de virar notícia.  Agora, eles contam cada vez mais com a ajuda dos assessores de imprensa.
Mas afinal, o que faz um Assessor de Imprensa?
O Assessor de Imprensa pode trabalhar em empresas ou em sua própria agência de Assessoria e é responsável por municiar os veículos jornalísticos – jornais, revistas, Tv´s, rádios, websites, blogs, dentre outros, com informações relativas à organização em questão e que possam ser fatos geradores de notícia. O objetivo e manter a organização no foco da mídia, proporcionando visibilidade, reconhecimento e agregando valor à marca. Além disso, o assessor trabalha para fortalecer laços amigáveis entre organizações e opinião pública e imprensa.
O release
Para construir essa relação, o assessor conta uma ferramenta de comunicação dirigida chama press release. Agora, com a era digital, apenas release.  O release é um texto onde o assunto que pretente ser sugestão de pauta é abordado. Antes, era enviado para as redações, em formato impresso (por isso o nome press release). Agora, tudo é enviado por e-mail. O texto deve ser claro, objetivo e fornecer detalhes na medida certa. Deve ser escrito de forma a despertar interesse do jornalista publicar o texto ou de procurar  mais informações a respeito. O título e a linha de atenção ( no corpo de e-mail, logo após o título) são fundamentais para prender a atenção do leitor. Ah, e um texto bem redigido, sem erros de digitação e de gramática é fundamental. Não esqueçam que alguns jornalistas se renderam a era do “Ctrl + C” e do “Ctrl + V”...
Quem pode ser um Assessor de Imprensa?
Esta é uma discussão antiga entre jornalistas e RP´s.  Claro que cada profissão “puxa a brasa para o seu assado” dizendo que eles é quem devem fazer isso. Atualmente, mais do que a profissão, temos que analisar a atuação. Atualmente, o preconceito entre os jornalistas de redação para com os assessores de imprensa é menor. Antigamente (na época que esta humilde blogueira se graduou em RP) jornalista que de dedicava à assessoria era porque não tinha dado certo em redação. E isso não tem nada a ver, né gente? São apenas duas visões de ver a notícia – pela ótica do veículo ou pela ótica das organizações
Dicas

  • Ter um ótimo conhecimento do funcionamento das redações – horários de fechamento e estrutura;
  • Conhecer os jornalistas e editores dos veículos (de preferência não apenas saber quem é ou ter o e-mail deles, mas sim conhecer pessoalmente);
  • Ter um bom texto;
  • Ter um bom “timming” – saber quando mandar que pauta e para quem;
  • Produzir releases sempre verdadeiros – não dá para “fabricar notícia”;
  • Não lote as caixas de e-mails dos jornalistas;
  • Alguns jornalistas só trabalham com notas exclusivas, por isso é importante conhecer as pessoas e saber quem trabalha de qual maneira.
A origem nada gloriosa da profissão...
Bom, se hoje temos excelentes assessores de imprensa, tanto jornalistas quanto RP´s, nem sempre foi assim. Segundo a história, o primeiro assessor de imprensa da história foi Ivy Lee (chamado de Poison Ivy devido à sua forte capacidade de "envenenar" a informação), que em 1906, publicou a declaração de princípios das relações públicas (RP). Embora oficialmente siga uma linha de honestidade e transparência, tornou-se famoso por ter protegido o magnata John D. Rockefeller da acusação de assassinato em 1914. Rockefeller teve de contratar alguns oficiais da guarda do Colorado, para reprimir uma greve. Durante o ataque ao campo dos grevistas foram mortas 20 pessoas. Lee fez passar uma versão modificada dos fatos para cobrir Rockefeller.
Curiosidade: Nos EUA, existe a atividade de spin doctor (doutor em engano, manipulador de opinião), que é um especialista em relações públicas e comunicação política, que pode escrever discursos, ser manager de eleições, porta-voz de um partido político, perito em sondagens, ou estar ao serviço de um governo.


Um comentário:

Olá, obrigada por contribuir com MallmannRP.